domingo, 1 de abril de 2018

dentro da piracema 
que éden prata inventa ( edu planchêz )
----------------------------------

meu caminho igual e diferente
do que caetano veloso e el conde de lautréamont
andaram fazendo pelos rincões 
pulsa cá em minhas remadoras mãos,
nos pés da ancora
trazida pelos meus sonhos de vida inteira,
e a vida inteira, se estende por muito corpos,
por muitas vontades,
e eu ainda não morri para esse tempo,
para essa correnteza,
tento ver, pesar os cromáticos calos
do que fiz e ainda hei de fazer
no campo da música,
da poesia extraordinária

falando da poesia extraordinária,
dos tonéis da vermelha cera
da emblemática raiz achada nos crânios do penhasco
( penhascos vistos, observados pelas indígenas vozes
que me seguram por dentro da piracema 
que éden prata inventa

e os anos de passam, 
e as fronteiras jazem carcomidas,
arrebentadas, 
ultrajadas pelo o furor de nossos umbigos

e o fogo que vai e vem
sucumbe nas ramagens para se alevantar
junto aos remos, 
perto do que cala, do que pisca

Nenhum comentário:

Postar um comentário

você vive na cegueira  do grande império dos escravos,  por isso pensa assim